18 de maio de 2008

Um ano após o rompimento com a Schering, Mantecorp busca novo sócio estrangeiro

Laboratório brasileiro detém marcas fortes, como Coppertone e Polaramine
solidão societária da família Mantegazza, controladora do laboratório Mantecorp, está com os dias contados. Pouco mais de um ano após o rompimento da associação com a norte-americana Schering-Plough, cresce entre o clã a disposição de buscar um novo acionista. Recentemente, dois laboratórios estrangeiros sondaram a empresa.
O eventual recuo dos Mantegazza se deve aos resultados do vôo solo, que estariam abaixo do esperado. O faturamento no ano passado teria ficado em torno dos R$ 750 milhões, montante inferior à meta e muito próximo da receita herdada após o spin-off da sociedade com a Schering-Plough.
A margem operacional da Mantecorp – que, na época, da parceria com os norte-americanos, beirava a média de 28% – caiu para perto de 20%. Algumas das principais marcas produzidas pelo laboratório ficaram abaixo deste patamar. Seria o caso do medicamento Coristina – não obstante o aumento das vendas em volume, em termos proporcionais o produto gerou um resultado menor.
Ao mesmo tempo, a estratégia de fechar acordos com laboratórios internacionais para produzir medicamentos sob licença no Brasil ainda engatinha. A Mantecorp ainda não teria conseguido gerar um portfólio capaz de preencher, em total de vendas, o vazio deixado pela perda das marcas da Schering-Plough.
Os Mantegazza, ressalte-se, têm uma pílula dourada nas mãos, capaz de despertar a cobiça de indústrias internacionais. Um dos 15 maiores laboratórios farmacêuticos do país, o Mantecorp produz algumas das marcas de medicamentos e cosméticos com maior recall do mercado brasileiro, como Polaramine e o protetor solar Coppertone.
O problema é sustentar sua posição em um mercado cada vez mais competitivo e enfrentar a concorrência dos genéricos sem ter a guarida de um laboratório internacional. Uma das medidas adotadas pela empresa para expandir seus negócios tem sido o aumento dos investimentos no segmento de dermocosméticos. Nos últimos cinco anos, foram mais de 20 lançamentos. No ano passado, suas vendas neste mercado cresceram quase 20%.
Fone: CidadeBiz

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