21 de maio de 2008

Fórum investe no desenvolvimento do setor de cosméticos

O Fórum Paraense de Competitividade foi instituído pelo governo do Estado como forma de identificar gargalos à competitividade
O mercado de cosméticos, óleos vegetais e produtos naturais da Amazônia é um dos que mais tem potencial para crescer na região, inclusive em nível internacional. No entanto, todas as empresas paraenses que atuam no segmento passam por dificuldades financeiras ou envolvendo o desenvolvimento e exportação dos produtos.
Os principais gargalos e reivindicações foram expostos no Hangar - Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, em reunião que terminou no início da noite desta segunda-feira (19), com o Grupo de Trabalho de Cosméticos do Fórum Paraense de Competitividade.

Participaram representantes de várias empresas, secretarias de governo e instituições de fomento, como Banco do Estado do Pará e Banco da Amazônia. O Fórum Paraense de Competitividade foi instituído pelo governo do Estado como forma de identificar gargalos à competitividade e elaborar sugestões que podem virar política pública para o desenvolvimento.

Os principais gargalos, reivindicações e sugestões do Grupo de Trabalho de Cosméticos são: maior agilidade e menos burocracia nos licenciamentos e certificados de produtos; abertura de novos mercados; laboratórios no Estado que possam proceder a análises dos produtos naturais; formação de qualificação de mão-de-obra, sobretudo nas áreas fármaco e química.
Quanto ao governo, de forma mais direta, as principais reivindicações foram: incentivos fiscais; financiamento desburocratizado; incentivo à pesquisa; segurança jurídica para os investimentos e ações pactuados; e interferência para que alguns dos insumos sejam adquiridos no Estado, a custos mais baixos dos que os hoje importados.

Os produtores reclamam, por exemplo, que não há, no Pará, empresas que forneçam os vários itens das embalagens – hoje, tudo é importado, frascos, tampinhas de metal, lacres. Em produtos naturais mais baratos, como o mel, a embalagem responde por 60% do custo final do produto.

Há também uma grande dificuldade para se exportar, já que as regras de países europeus e dos Estados Unidos, entre outros, são muito rígidas, e muitos produtos não são certificados. Sem a comprovação de todos os elementos, como os que envolvem os medicamentos fitoterápicos (ou seja, sem a certificação dos produtos), estes sofrem restrições nos principais mercados.

Os representantes do governo informaram que algumas das reivindicações já são colocadas em prática, como o incentivo à pesquisa; a formação de mão-de-obra; a segurança jurídica e institucional; a montagem de laboratórios para análises (só o Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, que começa a operar em 2009, terá cinco laboratórios de ponta, entre os quais os de fitossanidade e de óleos vegetais) e também os incentivos e financiamentos.

As sugestões e reivindicações do setor serão sistematizadas e podem virar prioridade de governo a partir das decisões do pleno do Fórum Paraense de Competitividade, que deve se reunir no dia 11 de junho, sob a presidência da governadora Ana Júlia Carepa.
Texto: Edson Coelho - Sedect - Agência Pará

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